Leia aqui os depoimentos dos integrantes do grupo 6 MGME, sobre as suas primeiras experiências com leitura e escrita, são relatos muito diversos, com detalhes às vezes engraçados, outras vezes emocionantes, mas todos podem servir de inspiração para quem ainda não aprecia a leitura.
Nascido em São Paulo, filho de um militar,aos seis anos ingressei no curso primário, ainda não era a hora.naquela escola vivenciei momentos de aflição, só conseguia pensar como era bom brincar, sem ter qualquer obrigação.Ao findar-ser o ano letivo o resultado não foi outro senão a inevitável reprovação.
Nascido em São Paulo, filho de um militar,aos seis anos ingressei no curso primário, ainda não era a hora.naquela escola vivenciei momentos de aflição, só conseguia pensar como era bom brincar, sem ter qualquer obrigação.Ao findar-ser o ano letivo o resultado não foi outro senão a inevitável reprovação.
As experiências que vivenciara até aquele
momento com livros ou leituras, resumiam - se a algumas vezes quando visitava
meus avós paternos, minha avó insistia em ler sua bíblia no idioma lituano,
para que eu aprendesse e pudesse conversar com eles em sua língua mãe,
entretanto, fugia quantas vezes era possível, aquilo não fazia sentido para
mim.
De volta a escola no ano seguinte, quanta já contava com sete anos de
idade, me surpreendi um determinado dia, voltando para casa, olhei a placa com
o nome da rua e consegui ler" _ Rua Querino Cardoso ", ato contínuo,
apanhei uma carteira de cigarros amassada, que estava no chão, e li"
CONTINENTAL", fui para casa correndo, ao encontro de minha mãe que estava
na cozinha preparando o almoço, demonstrar tão grande conquista.
O desejo de ler e aprender nasceu naquele momento, ganhei revistas de
histórias em quadrinhos de meu personagem favorito, o Zé Carioca, e lia
qualquer coisa que encontrasse, Revista Seleções, O Cruzeiro, Manchete, etc...
Na adolescência lia os livros recomendados pela professora de
literatura, onde nasceu minha grande preferência por Jorge Amado, mas o que me
lembro com mais carinho, eram os livros de bolso sobre estórias do Velho Oeste,
que comprava para ler no ônibus que ia para o Rio de Janeiro, onde passava
alguns fins-de-semana.
A leitura é hoje em minha vida um hábito do qual não posso me separar,
afirmo que é impossível, aprender sem ler, mesmo que sejam minhas próprias
anotações, leio de tudo, romances, ficção, manuais, auto-ajuda, receitas,
afinal como dizia Sócrates, o filósofo, não o doutor, "Só sei que nada
sei".
Paulo Roberto Lizas
Quando criança ainda não alfabetizada tinha um
desejo enorme em ler e escrever. Meu pai trabalhava na Editora Abril, então
recebíamos de cortesia muitas revistas, eu ficava olhando os gibis, e imaginava
a estorinha pelas figuras. Percebendo o meu interesse, deu-me de presente uma
coleção de estórias do Walt Disney, aquilo foi um sonho! Fazia a minha mãe ler
repetidas vezes aqueles contos de princesas, principalmente a “Branca de Neve e
os sete anões”, associando sempre a leitura com as figuras, para decorar tudo
aquilo que ela lia com o que eu estava vendo. O objetivo era mostrar para as
minhas amigas que eu já sabia ler, então quando nos reunia para brincar, eu era
a professora, pegava o livro, e ia narrando toda a estória que estava apenas em
minha memória, e elas ficavam observando atentamente eu fazer tudo aquilo!
Também fingia saber escrever, pegava as folhas de sulfite, escrevia repetidas
vezes as mesmas letras, que não tinham significado algum! Tenho muitas saudades
dessa época inocente de observar o mundo, a leitura e a escrita nos proporciona
viajar no tempo, imaginar lugares e coisas, despertar interesses onde não há, é
algo mágico!
Andreia Spinola de Mira Vieira
Eu nasci num sítio proximo a
pequena cidade de Parapua no interior do estado de São Paulo.
No sitio não tinha energia
eletrica, nossa iluminação era de Lamparina a querosene, assim como os demais
recursos como saneamento básico, nada disso existia por lá, tudo era bem
primitivo. Mas, tenho saudades de tudo aquilo porque toda aquela simplicidade
tinha muitos sabores e um dos sabores era o da leitura de Gibis, revistas e
tudo aquilo aparecia por lá.
Meu irmao mais velho sempre
aparecia com alguns Gibis Walt Disney, revista Seleções,e quase sempre usados, doados por amigos da cidade e ate mesmo recolhidas em
lixeiras, mas quando chegava, era só alegria.
Me lembro muito bem dos gibis do
Walt Disney daquela época que vinham sempre com algumas páginas mostrando
alguma espécie de animal selvagem de outros continentes e com isso fiquei
sabendo da existencia de várias espécies diferentes como Carcaju, Bizão, que
mesmo hoje, raramente aparecem na televisão.
A
leitura é para a vida toda, mas é na infancia quando ainda acreditamos
em " tudo " que a leitura deixa sua maior impressão.
José Roberto Ezequiel
Eu tive uma história muito diferente de todos. A pouco tempo tinha um problema sério em relação a leitura e sei muito bem o motivo: estudei a vida toda em uma escola (uma das melhores conceituadas) onde a leitura era estimulada da forma da imposição, voltada a obrigatoriedade e com um único objetivo.
Depois de anos descobri a leitura como algo agradável e estimulante! Precisamos desenvolver o habito de leitura como algo agradável e não algo que devemos fazer para desenvolver aspectos impostos intelectualmente e socialmente.
Priscila V Ferreira
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